Professores são ameaçados de morte, e escola fecha as portas

 FOTO: Reprodução TV Jangadeiro

A escola Dois de Dezembro, em Fortaleza, não teve aulas na tarde desta segunda-feira, após ameaças aos professores em mensagens pichadas na parede da unidade. Funcionários afirmam que as aulas estão suspensas até que a Prefeitura de Fortaleza adote medidas de segurança, como a contratação de porteiro e vigilante, reativação das câmeras de segurança e reforço policial.

Em pichações na parede da escola, havia uma mensagem com sigla de facção criminosa ameaçando "matar geral" se houvesse aula. Nas paredes dentro de uma sala de aula, é possível encontrar mensagens de uma facção criminosa ameaçando professores e funcionários. A Secretaria Municipal da Educação (SME) de Fortaleza afirmou que registrou boletim de ocorrência sobre o caso, e acionou Guarda Municipal para reforçar a segurança no local.

"A Equipe de Mediação Social da SME também esteve na escola conversando com a comunidade. A SME reforça que está em articulação com a Secretaria de Segurança Pública do Estado e que apoia as investigações para apuração dos fatos", diz a secretaria, em nota.


Um servidor que trabalha na escola afirmou que os professores "dão aula com medo" e não há previsão definida para o retorno das aulas. "Vamos decidir junto com os professores, mas no momento não tem condição de dar aulas, nós somos ameaçados. A escola não tem segurança, entra quem quer", diz. A pessoa ouvida acrescenta que foi assaltada dentro da escola, em 2017.

O material didático nas salas de aulas do segundo andar escola foram destruídos, e carteiras foram vandalizadas. Conforme o servidor ouvido, alguns professores tiveram o nome citado nas mensagens de ameaça, o que deixou os docentes com medo. Até o momento, nenhum suspeito do crime havia sido identificado.

Mais de mil professores que atuam no Ceará relataram ter sido ameaçado por alunos, conforme dados divulgados na 11ª Edição do Fórum Brasileiro de Segurança. O estudo mostra também que 255 docentes sofreram ameaças ainda mais graves e foram vítimas de atentado à vida.


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