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Uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo (Apeoesp) apontou que 44% dos docentes disseram já ter sofrido algum tipo de agressão. A agressão verbal é a mais comum, segundo os professores. Para 74% dos entrevistados, o xingamento e a falta de respeito são os principais problemas. A desestruturação familiar é apontada por 47% como a razão da violência, e 49% acreditam que é resultado da educação que os alunos recebem em casa. Pelo menos 5% dos entrevistados já sofreram agressão física.
O fato é que as escolas hoje estão cheias de alunos atrevidos,
desobedientes, presunçosos, cheios de orgulho, arrogantes e desinteressados de
tudo, que ainda agridem, destroem, xingam e destratam a todos. E não adianta
chamar os pais, por que em muitos casos são os principais responsáveis. André
que é professor de matemática diz “Ao conhecer os pais fica claro o por que
aquele aluno não tem respeito por nada nem ninguém”.
Temos uma geração maior de pais permissivos, que defendem seus filhos
melhor que advogado de político corrupto. Fazem pouco caso, justificam erros,
diminuem a gravidade da situação, acreditam facilmente na versão do filho, distorcem fatos
graves e no final culpam o professor.
Nas escolas particulares o importante é o lucro. E assim repreender um "cliente" errado não é uma opção a ser considerada. Por isso tem se
tornado comum colocar toda a responsabilidade no professor, ao dizer
principalmente que o educador não tem controle de turma como um tipo de
limitação profissional. Não tendo a quem recorrer e ainda com medo de ser
demitido, o professor acaba virando refém dos alunos. O stress aumenta e a
queda no rendimento do profissional é inevitável, o que em muitos casos o leva
a perder o emprego.
Já nas escolas públicas, além das já comuns agressões contra
professores, temos um sistema que começa errado e termina mais errado ainda.
Onde o mau aluno é sempre beneficiado ao ser “empurrado” até se formar,
geralmente sem saber ler corretamente ou fazer um cálculo básico.
É muito difícil explicar como a situação chegou a esse ponto, mas o que
tem sido consenso entre muitos especialistas, é que o grande aumento de
famílias desestruturadas tem consequentemente gerado uma quantidade maior de
crianças e adolescentes levando uma vida sem regras e limites básicos. E mesmo
em famílias consideradas estáveis, a maioria dos pais trabalham a semana toda e
não tem tempo de educar corretamente seus filhos. Seja como for a
responsabilidade de colocar limites e regras tem ficado cada vez mais com o
professor.
E também não parece haver um consenso sobre soluções para as causas da
violência em sala de aula contra o professor, pois cada setor da sociedade tem
um ponto de vista diferente sobre o assunto, e que geralmente se relacionam com
os já diversos problemas sociais e políticos que a nossa sociedade não consegue resolver.
Mas independente dos motivos, a verdade é que não podemos ter um sistema
educacional, seja público ou privado, onde o professor é refém de alunos
mimados e agressivos, que não querem ter nenhum trabalho na escola, e ainda são
premiados e incentivados a continuar com o mau comportamento. A pergunta que
fica é, se esse sistema não for logo discutido e revisto, que tipo de jovens
estamos criando para formar a nossa sociedade no futuro?
2 Comentários
Muito triste! Somente quem em sala sabe da aflição de todos nós... é lamentável vermos o rumo que o Brasil tem tomado, pois nosso sistema é fraco e irá falir nossas maiores riquezas (as pessoas)
ResponderExcluirQuem está em sala...
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