Uma professora de uma escola de Indaial, no Vale do Itajaí, registrou boletim de ocorrência na manhã desta segunda-feira contra um aluno de 15 anos. Ela disse à polícia que foi agredida por ele com socos dentro da escola. Em entrevista à NSC TV, a professora relatou que o soco foi "violento". "Um menino de 15 anos, alto, forte, um homem. Eu sou uma mulher pequena, uma mulher de 1,65 metro", contou, em áudio.
A agressão ocorreu por volta das 10h20 desta segunda, de acordo com o B.O. A professora disse à polícia que chamou a atenção do aluno por ele estar com o livro debaixo da mesa e, com o objetivo de fazê-lo focar mais na aula, pediu que ele colocasse a publicação em cima da mesa. Em seguida, o estudante ficou alterado e disse para a professora "se f...".
Diante disso, segundo o B.O., ela pediu que o aluno fosse para a sala da direção. Antes de ir, ele jogou o livro em direção a ela, na frente dos demais estudantes. Ao chegar à direção, o adolescente negou o ocorrido, exaltou-se e chamou a professora de mentirosa. Em seguida, deu socos nela, o que causou uma lesão no olho.
Conforme o delegado, o adolescente não tinha ato infracional antecedente. "Nós próximos dias, quando vier o exame de corpo de delito, vamos ouvir as testemunhas oculares de dentro da sala de aula e na sala da direção. Bem como o adolescente. Ele vai ser intimado para prestar sua versão dos fatos", afirmou José Klock.
Professora postou fotos da agressão no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Professora postou fotos da agressão no Facebook (Foto: Reprodução/Facebook)
Em um post em uma rede social, a professora relatou a agressão: "Ele, um menino forte de 15 anos, começou a me agredir. Foi muito rápido, não tive tempo ou possibilidade de defesa. O último soco me jogou na parede. Estou dilacerada por ter sido agredida fisicamente".
A professora diz ainda: "Estou dilacera por saber que não sou a única, talvez não seja a última. Estou dilacera por já ter sofrido agressão verbal, por ver meus colegas sofrerem. Estou dilacera porque me sinto em desamparo, como estão desamparados todos os professores brasileiros. Estamos, há anos, sendo colocados em condição de desamparo pelos governos. A sociedade nos desamparou".
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