Secretário de Doria diz que 2,5 milhões de alunos de SP podem perder aula por falta de professor



Em coletiva, governador João Doria e secretários de Estado.


O secretário da educação de São Paulo Rossieli Soares da Silva disse nesta quarta-feira (2) que 2,5 milhões de alunos podem ficar sem aula por falta de professores e que não há contratos para entrega de kits escolares e material pedagógico para os alunos.
Rossieli deu sua primeira entrevista no cargo em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes ao lado de João Doria, do vice Rodrigo Garcia, do secretário da fazenda Henrique Meireles e do secretário de segurança pública General Campos.

Rossieli disse que "temos um prejuízo gigantesco na educação para o início do ano letivo" e que "estamos encontrando uma tragédia na educação (do estado)".

De acordo com o secretário, a falta de professores acontece por causa da proibição da contratação de novos professores temporários pela Justiça de São Paulo no ano passado.

"Nós temos hoje 8.500 professores que não podem ser repostos como temporários, podendo trazer um prejuizo imediato para 60 mil alunos do 1° ao 5° ano, em alguns municípios como Mogi Mirim podemos ficar com até 50% dos alunos sem aula, o que é uma tragédia para a educação".


Sem kit escolar e material pedagógico

De acordo com Rossieli, a preocupação do governo é a organização para o início do ano letivo em fevereiro, mas não há garantia de que os alunos receberão o kit escolar e o material pedagógico.

Segundo o secretário, não há contrato para entrega de material escolar com caderno, lápis e caderno para os alunos e não haverá tempo para impressão do material pedagógico de apoio aos alunos.

"Nossa preocupação é muito grande porque não tivemos pelo governo anterior assinado contrato por exemplo para aquisição de material didático. Não temos como garantir, não temos contrato de aquisição de caderno, caneta, lápis, ou seja, o kit fundamental para o aluno começar o ano letivo", disse o secretário.

Por meio de nota assinada pelo ex-secretário de Educação da gestão Márcio França (PSB), João Coury Neto (PSDB), informou que houve assinatura de contrato e que a distribuição do material deve começar em janeiro.

"As empresas que disputaram a licitação para fornecimento do material brigaram na Justiça por 92 dias. Mesmo assim, o contrato foi assinado e o fornecimento do material começa em janeiro e deve estar concluído em 30 ou 40 dias". 
Fonte: g1.globo.com/sp

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