Entenda as diferenças entre os tipos de empréstimo. Saiba qual a melhor modalidade e como minimizar riscos.



Para quem não está em uma relação tão boa com o dinheiro, cortar gastos pode não ser o suficiente para tomar as rédeas do orçamento. Talvez um capital para começar algum empreendimento.  Nesses casos, vale a pena contar com a ajuda de um empréstimo!

Apesar de parecer uma escolha simples, um passo em falso na hora de contratar pode te fazer voltar justamente para o que estava querendo manter longe: a bola de neve. Para isso não acontecer, é indicado considerar as características particulares de cada tipo de crédito, já que cada uma delas é ideal para uma situação diferente.

Com tantas opções de empréstimos, resta ao consumidor decidir qual a melhor modalidade. Nessa hora, segundo os economistas, é fundamental separar desejo de necessidade. Além disso, é recomendado comparar as taxas entre os bancos.

Cartão de crédito rotativo e cheque especial

O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado pela pessoa que não pode pagar o valor total da sua fatura no vencimento, mas não quer ficar inadimplente.

Para usar o crédito rotativo, o consumidor paga qualquer valor entre o mínimo e total da fatura. O restante é automaticamente financiado e lançado no mês seguinte, com juros.

O cheque especial é uma linha emergencial que permite ao correntista gastar um certo limite definido pelo banco, mesmo que ele não tenha dinheiro na conta.

A recomendação de especialistas é de que os clientes evitem essas linhas de crédito ou as utilizem por um período muito curto de tempo, pois as taxas de juros cobradas são extremamente elevadas. As taxas de juros médias cobradas pelas instituições financeiras no cartão de crédito rotativo e no cheque especial subiram em junho e ultrapassaram a barreira dos 300% ao ano, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central (BC).

Empréstimo consignado

Todas as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento, antes mesmo do salário, pensão ou aposentadoria chegar às suas mãos. Isso traz segurança para você, que não tem a chance de ficar devendo, e para o credor, que tem a certeza do recebimento, e também costuma garantir taxas de juros bem pequenas.

Como o pagamento das parcelas é realizado automaticamente, é comum esquecer de incluí-las no planejamento mensal. Se isso acontecer, você provavelmente vai gastar o dinheiro reservado para essa despesa e, quando o salário cair, vai notar que não tem como pagar as contas. O importante é ter o cuidado de sempre colocar o empréstimo no seu orçamento logo no começo do mês.

Em geral, ele é oferecido somente a quem tem carteira assinada, é aposentado ou servidor público.

Empréstimo pessoal

Esse é o tipo básico: você solicita a uma instituição financeira, ela analisa o seu perfil de pagador e fornece uma opção. É você quem é responsável por realizar o pagamento das parcelas - então, deve ter o cuidado extra de não esquecer desse compromisso!

Como não há algo que garanta o pagamento, os juros podem ser um pouco mais elevados. Aqui vale a conhecida regra de pesquisar bem as taxas. Atualmente, é possível fazer esta pesquisa e até contratar online, como é o caso da plataforma de empréstimos do aplicativo GuiaBolso.

Microcrédito para começar seu negócio

 Uma solução para quem está começando uma pequena empresa é o microcrédito. É um empréstimo popular principalmente para pessoas de baixa renda. Geralmente o gerente de crédito vai fazer uma análise no empreendimento dessa pessoa.

Financiamento 

Entre os tipos mais comuns estão o financiamento imobiliário e o de veículos (carros, motos, caminhões, entre outros).  Essa modalidade de crédito se tornou popular por facilitar a compra de bens de valor elevado. 

Financiamento é diferente de empréstimo. A principal diferença entre as duas modalidades é que enquanto o empréstimo não possui destinação específica – o dinheiro pode ser usado para o fim que o tomador desejar -, o financiamento possui sim um destino certo, sendo que o recurso tomado apenas pode ser utilizado para a compra de determinado bem específico, como um carro ou uma casa.

Automóveis
Apesar de ter caído, a taxa de juros para a compra de veículos ainda é elevada no Brasil. Nesse sentido, os especialistas recomendam aos brasileiros uma reflexão se a compra do carro - e o endividamento - é mesmo necessária.

De acordo com o educador, o automóvel custa, em média, 2% do seu valor, mensalmente. "Estamos falando de um valor que se gasta com IPVA, DPVAT, licenciamento, estacionamento, algumas multas. Por isso, muita atenção aos custos indiretos, não só aos do financiamento."

Ele lembra também que o carro perde cerca de 10% do seu valor por ano, o que corrói o patrimônio ao longo dos anos.

Imóveis
Antes de fechar a compra de um imóvel na planta, por exemplo, é importante saber se o banco vai liberar crédito para o novo proprietário e em que condições - volume liberado e taxas de juros.

Outro ponto de atenção é se a parcela do financiamento cabe no bolso de quem quer comprar um imóvel. Funciona assim:
Se, por exemplo, você paga R$ 1.000 de aluguel e o valor da prestação for R$ 1.000, não tenho dúvida, faça o financiamento. Se você estiver morando numa casa cujo aluguel é R$ 1.000, mas o financiamento dessa mesma casa for, por exemplo, três vezes mais o valor do financiamento, aí você tem que pensar. Porque, às vezes, morar de aluguel faz muito mais sentido.

Empréstimo com garantia

Nessa modalidade de crédito, o que garante taxas de juros baixas é a salvaguarda em caso de não pagamento - você pode escolher como garantia a sua casa ou carro, por exemplo. Outra vantagem é que pessoas negativadas também podem ter acesso a esse tipo de empréstimo, dependendo da análise da instituição.


Mas também vale lembrar que há regras para os bens serem aceitos e que eles podem, sim, ser tomados pelo credor se o cliente não quitar as parcelas.

Vale a pena dar imóvel como garantia em empréstimo? 

Esse tipo de empréstimo – ou hipoteca – muito utilizada nos Estados Unidos – permite que o cliente obtenha dinheiro para qualquer finalidade, com taxas de juros em geral menores que a da maioria das linhas de crédito. Mas é preciso estar atento ao risco: em caso de inadimplência, o tomador do empréstimo pode ter que entregar a própria casa ao banco.

Para as instituições, o empréstimo com imóvel como garantia é visto como um bom negócio porque tem “inadimplência reduzida, pois trata-se de uma operação que conta com garantia real, vinculada em alienação fiduciária, mitigando os riscos do negócio”, diz o BB.

Exceção
A legislação garante que o imóvel residencial não pode ser penhorado por conta de dívidas. No entanto, há exceção para que ele seja dado como garantia, mesmo que seja o único da família, se isso for feito de forma voluntária, diz o advogado Rafael Amorim Abraão (a exceção está prevista no artigo 3º da Lei nº 8.009 de 1990).

Com isso, em caso de inadimplência, “basta que o banco faça o recolhimento do imposto de transmissão de bens imóveis e solicite ao cartório a consolidação da propriedade, seguido pelos leilões para quitação da dívida”, diz Abraão.

“É muito importante que o consumidor faça uma reflexão porque há varias outras linhas disponíveis no mercado. Ele tem de ver se precisa mesmo desse valor, que geralmente é grande", diz Renata Reis, supervisora de assuntos financeiros do Procon-SP.

Então, qual a melhor modalidade de empréstimo?

Talvez a resposta mais óbvia seria o empréstimo que tivesse a menor taxa de juros, mas se você leu as informações acima com bastante atenção percebeu que não é bem assim. Um empréstimo depende de diversos fatores.

O cliente deve ficar atento à modalidade mais adequada a sua necessidade. Existem linhas específicas para carros e imóveis, por exemplo. Outra dica: o prazo do empréstimo faz muita diferença. Quanto mais parcelas, mais tempo pagando juros.

O mais importante é não se esquecer, em todos os casos, que um empréstimo é uma dívida e que, por isso, exige toda a atenção! Então, considere todas essas características para não errar na escolha!


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