Pernambucana volta à faculdade aos 90 anos e começa sexta graduação

 

 


Dorothi Lira da Silva decidiu fazer jornalismo e encontrou na universidade um motivo para se manter ativa.



Nascida em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, foi como professora de matemática que Dorothi Lira da Silva passou a maior parte da vida. Aos 90 anos, decidiu voltar à sala de aula, mas, desta vez, como aluna.


A pernambucana nonagenária, que já é formada em cinco graduações, começou a cursar jornalismo e encontrou na universidade uma forma de se manter ativa
Dorothi é formada em pedagogia, ensino religioso, ciências físicas e biológicas e matemática. Neste ano, ela decidiu, no auge da experiência, que era hora de conquistar mais um diploma"Tem algumas razões. Uma é que eu gosto do ambiente acadêmico, de estudar, de estar sempre em dia. Outra é que eu me aposentei e é uma ocupação, também", afirmou.

Sobre a escolha do jornalismo como a sexta graduação da vida, ela conta que a ideia vem desde os tempos em que ela lecionava.


"Mesmo lá atrás, como professora, eu gostaria de ter vez e voz. [...] Eu tenho seis filhos homens e eles acham uma beleza eu estar na faculdade. Tudo aqui me agrada”, disse. Para os estudantes, ter como colega uma senhora de 90 anos é aprender todos os dias muito além do conteúdo da sala de aula. Para quem está do lado de dona Dorothi, o curso é, também, uma lição de vida.


"É muito importante ter uma pessoa assim, porque nossa turma é mais ou menos da mesma idade e ter ela, que já viveu tanta coisa, já estudou tanta coisa, é realmente muito especial", disse Rebeca Lamin, companheira de classe da estudante nonagenária.


Durante as aulas, os professores ensinam e aprendem com alguém que tem duas vezes o tempo de vida deles. O professor Christiano de Souza, por exemplo, conta que um dos aspectos mais interessantes é conviver com alguém que viveu e vive a história.


"Dona Dorothi traz com sua experiência de vida a parte prática em alguns aspectos, porque sempre, diante de uma aula ou um tema que a gente aborda, ela gosta sempre de trazer sua experiência, daquilo que ela vivenciou e vivência no seu dia a dia", declarou.

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